sexta-feira, outubro 28, 2005

Uma sugestão para o Brasil

Para não dizer que não trato de assuntos sérios aqui nesse blog, teço algumas considerações seríssimas para o futuro da nação.

Acredito que estamos sub-utilizando nossos recursos. Como se diz nos manuais de administração moderna, é importante que as organizações identifiquem e aproveitem as suas sinergias, para maximizar o valor agregado na sua produção.

Ora, o Brasil tem alguns pontos fortes conhecidos: carnaval, samba, mulatas, futebol. Falta mais sinergia, falta aproveitar melhor esses pontos fortes. E eu sugiro começar isso num assunto sério que vem preocupando muita gente ultimamente: a política mesmo.

A questão é, não temos muitos pontos de contato entre a política e o que produzimos de melhor aqui no Bananão. Apenas uma exceção notável: a sinergia entre política e futebol é antiga e bem estabelecida, vide o caso recente no Campeonato Brasileiro. Mas é preciso sinergizar mais.

Sugiro aumentar as sinergias entre o nosso carnaval e a política. Sugiro que as eleições sejam sempre realizadas em uma maratona de quatro dias, começando no domingo e terminando na quarta-feira. Não teremos mais partidos, apenas blocos. Ao invés do Partido dos Trabalhadores, coisa sisuda e que remete às barbas de Karl Marx, teremos o Bloco dos Trabalhadores: que beleza! Não mais palanques, apenas trios elétricos. Fora os jingles de campanha, teremos apenas marchinhas. Ao invés de pensar em porcos capitalistas e latifundiários do Partido da Frente Liberal, pensemos no Bloco da Frente Liberal. Frente Liberal, vejam só. Imaginem isso num contexto de carnaval e me digam se nossa política não fica bem melhor assim.

E no final das contas muita coisa se transfere sem muitas alterações. "Ei, você aí, me dá um dinheiro aí!" faz todo sentido nesse novo meio.

sábado, outubro 22, 2005

Forever Young

Um dia desses, passando em um blog qualquer, tinha um post da dona em homenagem ao aniversário do irmão. Dizia que ele estava fazendo 40 sem sinal de barriga, calvície, caretice e outros males da idade.

Nessa hora eu me irritei. Não costumo me irritar lendo alguma coisa, mas porque raios a gente tem a obrigação hoje em dia de ser adolescente pra sempre? Enche o saco todo o contorcionismo que se faz para se manter no mundo teen, esbelto-com-cabelo-e-moderninho, saindo pra balada e assistindo filmes de ação do Vin Diesel até... quando? Quarenta, cinquenta anos? Sessenta anos já é o suficiente para admitir que não dá mais para ser adolescente?

Pois só em protesto eu decidi que pretendo chegar aos 40 com um barrigão de chope, careca e bem caretão. A parte da calvície não vai precisar de muito esforço da minha parte, a barriga é fácil de providenciar, e caretice não é difícil de adquirir.

Aliás, começo por essa história de blog. Isso é um absurdo, lixo superficial, leseira de adolescente narcisista. No meu tempo... (minha consciência me interrompeu aqui: calma, calma, ainda falta um tempo para os 40). Verdade, verdade, deixa pra depois.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Trabalho dos sonhos

Não importaria tanto o trabalho em si, contanto que fosse numa sala cheia de equipamentos futuristas e muitas telas de display; talvez hologramas projetados também, ou uma interface como aquela do filme Minority Report. Teria que ser aberta e com várias pessoas no mesmo ambiente, todo mundo trabalhando compenetrado. Mas o mais importante, o mais importante mesmo, é que teria que ter um Alerta Vermelho. Sim, um daqueles em que as luzes piscam em vermelho intermitentemente, uma sirene soa bem alto e alguém fala no sistema de som "Alerta Vermelho! Alerta Vermelho! Todos aos postos de combate!". Não importa se não fosse uma situação de combate mesmo.

É, seria algo assim como a ponte da Enterprise. Mas eu dispenso as tremidas de câmera e, por favor, não me coloquem para usar uma camisa vermelha.

domingo, outubro 16, 2005

Um verdadeiro movimento de massa

Mythus reclama da verdadeira duração dos dias, e oh!, quanto tempo ele achou que teve mas não teve nesses anos todos.

Eu digo que o passado não tem volta e não podemos fazer mais nada, mas quando a gente vê um problema está em nosso poder tentar melhorar isso no futuro. Então convido todos que se acharam roubados desses preciosos segundos de cada dia a fazerem a diferença. Vamos nos unir ao movimento que pretende mudar a órbita do planeta, tornando os dias mais longos e, de quebra, melhorando o problema do aquecimento global. Agora você me pergunta: Como? E eu respondo, é simples: se milhões de pessoas pularem, no mesmo dia, ao mesmo tempo, a força criada quando milhões de pés tocarem o chão pode mudar a órbita do planeta! Basta um pulo de cada um e chegaremos lá.

Vejam mais informações no site e se alistem, dia 20 de julho de 2006 é o dia mundial do pulo. Não esqueçam.

sexta-feira, outubro 14, 2005

Big in Japan

Lendo ontem mais um número de Lobo Solitário, vi mais algumes vezes os personagens comentarem sobre as técnicas peculiares de um ou outro ou sobre tal espada de tal família de ferreiros de técnica inestimável e milenar. Nessa hora me veio a revelação, a razão porque a cultura japonesa está tão em voga. É porque os japoneses são os ultimate nerds, ou, para aproximar a mesma idéia na nossa inculta e bela última flor do lácio, os japoneses são nerd com força. E como ser nerd tá na moda atualmente, a consequência é direta. Deve ser por isso, também, que eu me identifico uns tantos com o Japão.

Nada mais nerd que a atenção obsessiva dos japoneses pelo detalhe, a sua fixação extrema com a perfeição. O ideal de caráter do japonês não é ser uma pessoa boazinha e caridosa e quando morrer ir para um céuzinho namby-pamby não; é atingir a perfeição em algum caminho. É ser tão perfeito que se chegue a transcender essas idéias mundanas como ego, individualidade, Vida, Universo e sabe lá o quê mais. "Atravesse a barreira sem portões e você andará livremente pelos caminhos entre o céu e a terra."

Mas ah!, já ouço daqui as reclamações: "Vai, tio, não generaliza não". Generalizo sim. Quer mais? Todo homem moreno dos olhos verdes e com mais de um metro e oitenta que mora ao norte do Trópico de Câncer é gay, mesmo que não saiba. E tem chulé. Toda loira peituda que é piloto de corrida pensa, pelo menos duas vezes ao ano, em ir pra marte. Mas não conta pra ninguém. Tem mais, tem mais: toda pessoa que generaliza é feia e burra.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Uma viagem ou várias viagens

No caminho, meu pai falava da greve dos bancos. A passagem aumentou 1 real. Aceita uma mensagem de paz? Vai, me dá isso que eu uso como marcador de página. Na plataforma tinha um bêbado com um copo de chope, conversando com o funcionário da empresa. O bêbado era baiano e cantava "Paraíba masculina, mulé macho sim sinhô". O funcionário tinha feito luzes no cabelo. Me colocaram numa poltrona do corredor. O cara que estava na janela ao lado era imenso. Passei direto e escolhi outra poltrona. O motorista não ligou o som, mas um boy atrás de mim cantava forró e marcava o ritmo com o pé, fazendo o chão de zabumba. Dormi. Acordei com gente fazendo barulho pra pedir comida. Dormi. Acordei em Abreu e Lima. Cheguei. Recife me adora. Logo quando eu desço, várias pessoas aparecem para me recepcionar. Na verdade são os taxistas da parada, loucos para arranjar uma corrida.

Queria não escrever tanto post enche-lingüiça. Mas, se não escrevesse, adeus blog.

And now for something completely different : o litro de gasolina na Áustria custa quase 5 reais.

sábado, outubro 08, 2005

9 de outubro

Tentando descobrir que diabos teria no dia 9 de outubro para eu postar, dou uma olhada na Wikipedia. E, olhem só, 9 de outubro é a data da descoberta não-oficial da América pelos Vikings. Será motivo para comemoração? Também é o dia em que foi executado Che Guevara. Quanto a isso eu também não sei como me sentir: alguns dizem que eu sou comunista, outros que eu pareço o Serra escrevendo. Então não sei se comemoro ou se choro lágrimas vermelhas. Talvez eu devesse alugar o DVD de Diários de Motocicleta de um jeito ou de outro, para tornar o dia útil.

E, finalmente, tem algo que eu achei inequivocamente legal: 9 de outubro é o dia do Hangul, a escrita fonética coreana. O alfabeto é bonito, com regras únicas de composição gráfica, e é bem mais fácil de aprender do que as escritas do Japão e China, por exemplo.

Mas assim, no geral não me pareceu um dia muito interessante não. Em homenagem a isso, não postarei amanhã. A não ser que eu aprenda a escrever coreano em 24 horas.

quarta-feira, outubro 05, 2005

Abaixo a periodicidade!

E tenho dito.

(e o maldito blogger ainda tentou me impedir de postar isso no tempo certo...)