terça-feira, junho 20, 2006

A autoria na era do copiar e colar

Pouco tempo para atualizar blog, embora até algumas idéias existam. Depois, se eu ainda estiver a fim, eu comento sobre a minha teoria elástica das pessoas. Mas agora não.

Por enquanto, quem tem interesse no assunto de autoria em tempos de google pode ler esse post. É, eu gosto do blog de Nick Carr, como já devem ter notado os que acompanham aqui.

segunda-feira, junho 12, 2006

Merece prêmio

Indico desde já para o IgNobel 2006 de Medicina as forças de defesa norte-americanas, pela inovadora pesquisa sobre os motivos do suicídio. Inicialmente, os pesquisadores militares chegaram à conclusão que o suicídio dos prisioneiros de Guantanamo teria sido um "ato de guerra assimétrica", o que certamente é novo nos anais da ciência. Logo depois, um oficial dessa enorme instituição de pesquisa chamada "US Military" propôs uma nova teoria, ainda mais inovadora e radical, que promete abalar os fundamentos da psicologia moderna. Sim, segundo ele, os suicídios foram um golpe de marketing.

E é assim que nós vemos, na prática, como os EUA se transformaram na maior potência do mundo em termos de ciência. Ninguém mais teria coragem de propor teorias tão ousadas e revolucionárias.

Via Mind Hacks.

quarta-feira, junho 07, 2006

Assim falou Nostradamus

Damien nasceu. E eu vou visita-lo amanhã.

sexta-feira, junho 02, 2006

Pausa para momento sério

Não é muito comum aqui e eu normalmente tento evitar, porque já tem gente demais escrevendo coisas sérias na Internet. Não que não tenha muita gente escrevendo humor sem graça também, mas detalhe.

Há um tempo houve uma discussão sobre Kafka, e nisso chegou-se a falar sobre vida e obra, se era importante conhecer a primeira para interpretar a segunda, coisa do tipo. Tinha deixado o assunto pra lá até que li este post no LLL, onde vi que Milan Kundera já tinha descrito perfeitamente minha opinião no livro A Arte do Romance:

O romancista é aquele que, segundo Flaubert, quer desaparecer atrás de sua obra (...). Nessa situação, da qual ninguém pode escapar inteiramente, a observação de Flaubert me parece quase uma advertência: prestando-se ao papel de homem público, o romancista põe em perigo sua obra que corre o risco de ser considerada como um simples apêndice de seus gestos, de suas declarações, de seus pontos de vista.

O romancista desfaz a casa de sua vida para, com as pedras, construir a casa do seu romance. Os biógrafos de um romancista desfazem portanto o que o romancista fez, refazem o que ele desfez. O trabalho deles não pode esclarecer nem o valor nem o sentido de um romance, apenas identificar alguns tijolos. No momento em que Kafka atrai mais atenção do que Joseph K., o processo de morte póstuma de Kafka se iniciou.