quinta-feira, setembro 29, 2005

A Sucessão do Império

Aqui no Brasil a história é o que vai acontecer em 2006: será que a esperança vencerá o medo mais uma vez? A diferença é que desta vez é a esperança de um homem só: Lula. Será que o PT sobrevive a 2006? Qual será o tamanho da pizza daqui pra lá? Com ou sem anchovas? Aliás, eu nunca vi uma pizza com anchovas na vida, só escuto falar em filme americano.

Mas numa perspectiva mais macro, global e antenada, em 2008 acontecerão as eleições para presidente dos Estados Unidos. Já que cada vez mais eles decidem os rumos do planeta, ou pelo menos da parte ocidental, as eleições se tornam uma questão de interesse global. Em 2008 acaba a Era Bush. E quem o sucederá? Neste ponto acredito que é preciso alguém à altura de Bush filho, alguém que continue e extenda seus planos governamentais, principalmente com relação à política externa.

Então, que tal Zod? (Para quem não lembra, veja aqui). Vejam o depoimento do próprio candidato:
Quando eu vim pela primeira vez neste planeta e ordenei que me fossem entregues suas casas, suas propriedades e suas próprias vidas, eu não imaginava que vocês já estavam entregando isso tudo, de vontade própria, ao governo de vocês. Como eu não posso lucrar com os impostos de uma nação falida, em 2008 eu restaurarei a dignidade dos cidadãos e farei-os servos dignos da minha opressão.

A principal proposta de Zod é que ele deixará todo mundo viver. Regalem-se com tanta generosidade.

Mas se você acha que Zod, mesmo sendo de Krypton, é humano demais, por que não votar em Cthulhu? Sim, como diz o slogan de campanha, "por que votar em um mal menor?" Cthulhu promete morte, decadência, e uma indiferença total em relação à humanidade. Não muito diferente do que já está aí, vai dizer?

quinta-feira, setembro 22, 2005

Fui rotulado!

As coisas são assim mesmo: a gente trabalha, dá um duro, tenta escrever posts semi-regularmente, é lido por poucos (mas bons, claro), inventa assunto, não inventa assunto e posta assim mesmo, tudo aquilo que os donos de blogs estão acostumados a fazer. Mas eis que uma hora chega o reconhecimento, e que reconhecimento maior para um blogueiro do que ser rotulado politicamente? Ainda mais se o blog não for nem remotamente relacionado a assuntos políticos. Pois eu digo, senhoras e senhores colegas sofredores de blog, que para mim este dia chegou. Sim: eu sou de direita.

Um leitor veio me interpelar dia desses e me disse isso. Eu perguntei porque ele tinha dito. "Dá para ver pelos seus posts". Na seqüência óbvia, perguntei o que ele tinha visto nos posts que me colocava como alguém de direita. "Ah, cara, parece o Serra escrevendo".

Nesse ponto eu desisti. Sei não porque parece o Serra, e temo que se eu perguntasse a resposta seria ainda mais bizarra. Talvez a culpa tenha sido deste post.

Agora vocês me dão licença que eu vou ali me filiar ao PFL.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Histórias para Crianças, vol. 1

Já notaram que Chapeuzinho Vermelho não usa chapéu? Ela usa um manto vermelho com capuz, mas aquilo lá não é chapéu. Talvez se o Gato de Botas lhe emprestasse o chapéu o nome dela seria mais adequado. Já o nome em inglês não tem chapéu mas tem cavalo: Little Red Riding Hood. "Hood" descreve perfeitamente o que ela usa, mas "riding"? Eu nunca vi Chapeuzinho Vermelho andando a cavalo. Como "riding" em inglês pode ser traduzido como "cavalgando", inclusive com duplos e triplos sentidos parecidos com os do português, isso diz muito sobre a verdadeira natureza dessa história supostamente infantil. Numa das primeiras versões da história, a heroína é descrita como "a criatura mais linda já vista". Assim dá para ver claramente o que o lobo realmente queria.

Aliás eu nunca entendi a história direito. Primeiro, qual é a moral da coisa toda? Não falar com estranhos? Mas o caçador é um estranho também, e já chega atirando, totalmente como os policiais ingleses. E mais, violando a lei de porte de armas e possivelmente a nossa futura lei que proíbe a posse delas. Outra coisa é como o Lobo Mau consegue enganar a Chapeuzinho Vermelho se disfarçando como sua avó. Peraí, confundir um lobo com uma senhora? Ah, e isso depois do Lobo ter comido (literalmente, dizem) a vovózinha. Talvez o Lobo Mau seja, na verdade, Hannibal -- lembrem de como ele foge no final do Silêncio dos Inocentes. Talvez Chapeuzinho fosse, além de lindíssima, loira.

Ou, talvez, a história tenha sido distorcida pelas morais da civilização judaico-cristã ocidental: a coisa toda foi combinada e era necessário um jeito de enganar a mamãe, a vovó e todo o resto para que Chapeuzinho pudesse ficar com seu Lobo. Eu sempre achei que essa história de "que boca tão grande é essa?" fazia parte da fantasia: o Lobo na casa da vovó, esperando a Chapeuzinho toda ingênua, dando uma de quem não sabia de nada. Exercício para o leitor: imaginar que parte do corpo do Lobo admirou Chapeuzinho por ser grande, na versão real da história. A última fala do Lobo não foi alterada.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Sobre a futilidade de fazer testes

Quando você já sabe a resposta que vai obter. Fiz mais um teste para avaliar meu nível de nerdice, e não foi muito diferente do esperado: Pure Nerd. O código que mostra o resultado é muito grande e ficaria feio de postar aqui, então coloquei numa página separada.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Estou na sala do mestrado

E de repente todos estão cantarolando Los Hermanos (inclusive eu). Surreal.