sábado, dezembro 31, 2005

Para frente, para trás ou para os lados

2005 foi mesmo um ano surreal. Eu normalmente gosto dos anos que terminam em 5, é assim bem redondo, meio da década, é onde a essência do período de 10 anos deveria estar, se as coisas fossem regulares assim.

Mas não são, claro. O ano teve como prelúdio uma onda gigantesca que ninguém esperava. Aquilo ali já foi 2005 dizendo "tô chegando, se preparem". Monte de gente fazendo coisa que jurava de pé junto que não ia fazer nunca. Coisas inesperadas, burlescas, absurdas. Em todas as esferas. E olhe que eu nem quero começar a falar de PT.

Até que não é de todo mau, um ano assim. Previsibilidade é uma coisa chata mesmo. A pessoa diz "eu sempre vou te amar" e sempre te ama de verdade, ou o político diz que nunca vai roubar e passa toda a vida honesto: sem graça, demodé, alienígena quase. Precisamos de mais intrigas de reality shows, mais meteoros colidindo com a Terra, mais grampos nos telefones. Revoguem a lei da gravidade!

História verdadeira: minha camisa para passar o ano novo é branca e tem escrito na frente em letras azuis grandes: ULTIMATE DESTRUCTION.

Apesando tudo, até que 2006 não parece começar mal: muito trabalho, estrelas, e show dos Los Hermanos.

Feliz passagem de período arbitrário para todos.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Então eu devia ser rico

Em casa, assistindo TV nas minhas, vamos dizer assim, férias, passava esta série. Mãe e filha conversando, a filha recém-aprovada na universidade e ambas discutindo como iam pagar. Havia um dinheiro de reserva mas a filha queria que a mãe ficasse com ele; infelizmente, a bolsa de estudos tinha sido negada. Então a filha diz:

- Eu posso pegar um empréstimo no banco, é para isso que os bancos servem.
- Eu não quero que você tenha dívidas já no primeiro dia que sair da faculdade.
- Ah, eu me formo em alguma coisa que dê dinheiro rapidamente depois. Faço administração ou engenharia.

Pesquisas revelam que 100% dos engenheiros e estudantes de engenharia do Brasil acharam essa a melhor piada do episódio.

sábado, dezembro 17, 2005

Qual o coletivo de dinossauros?

Mais: baby, you've fallen in love with the monster.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Jeitinho português

Ora, vejam: os portugueses não só conhecem e admiram o conceito do jeitinho brasileiro como têm um nome para ele: desenrascanço. Não sei quem herdou de quem ou qual a origem de um ou outro, e a Wikipedia se cala sobre o assunto.

Mas a definição é legal:
It is used to express an ability to solve a problem without the adequate tools or proper technique to do so, and by use of sometimes imaginative resourcefulness when facing new situations.
Essa outra parte também
Although being a fictional American TV show character, MacGyver is a good example of 'Desenrascanço'.
Mais: já tem gente vendendo o desenrascanço como técnica de administração. Rápido: alguém escreva um livro sobre o jeitinho brasileiro aplicado aos negócios! Arriscamos perder o bonde dessa nova tendência. Agora que as modas japonesas e os Toyotismos estão meio defasados, podemos promover uma escola luso-brasileira de administração. E, sinceramente, temos muito mais cor para colocar no marketing estrangeiro para a escola: "administrando com samba", "lidere como nos trópicos" e outros temas exóticos que nossos patrícios do além-mar não possuem. Vão eles fazer o que, "administrando com fado"?

Já imagino os títulos dos livros: A Arte do Samba, O Malandro e o Executivo, Quem Mexeu na minha Feijoada?

Afinal, como diria Arnold Schwarznegger, o Brasil possui o trio matador: samba, mulata, bunda. Temos que aproveitar nossas forças. Lembrem-se: sinergias.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Física quântica chupa

Pronto, falei. Clichê demais ser "fascinado" pela física quântica, ver umas figurinhas coloridas no livro de Stephen Hawking e sair por aí falando que a Teoria da Relatividade de Einstein diz que "tudo é relativo".

Eu nunca prometi não ser chato.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Post da quinta-feira

E por falar em periodicidade, acho que vou instituir de vez o post da quinta-feira. Por algum motivo cósmico-astrológico, eu sempre acabo postando nesse dia da semana mesmo.

(and now for something completely different: dois posts no mesmo dia)

Problemas de periodicidade?

A minha solução é simples: não tenho muita auto-censura nos posts mesmo. Se eu fosse deixar de publicar posts medíocres, este blog inteiro teria talvez uns dois até hoje, depois de quase um ano de existência.

Este aqui mesmo, que estou escrevendo agora, não existiria.