Para frente, para trás ou para os lados
2005 foi mesmo um ano surreal. Eu normalmente gosto dos anos que terminam em 5, é assim bem redondo, meio da década, é onde a essência do período de 10 anos deveria estar, se as coisas fossem regulares assim.Mas não são, claro. O ano teve como prelúdio uma onda gigantesca que ninguém esperava. Aquilo ali já foi 2005 dizendo "tô chegando, se preparem". Monte de gente fazendo coisa que jurava de pé junto que não ia fazer nunca. Coisas inesperadas, burlescas, absurdas. Em todas as esferas. E olhe que eu nem quero começar a falar de PT.
Até que não é de todo mau, um ano assim. Previsibilidade é uma coisa chata mesmo. A pessoa diz "eu sempre vou te amar" e sempre te ama de verdade, ou o político diz que nunca vai roubar e passa toda a vida honesto: sem graça, demodé, alienígena quase. Precisamos de mais intrigas de reality shows, mais meteoros colidindo com a Terra, mais grampos nos telefones. Revoguem a lei da gravidade!
História verdadeira: minha camisa para passar o ano novo é branca e tem escrito na frente em letras azuis grandes: ULTIMATE DESTRUCTION.
Apesando tudo, até que 2006 não parece começar mal: muito trabalho, estrelas, e show dos Los Hermanos.
Feliz passagem de período arbitrário para todos.
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