Você que vai fazer uma entrevista de emprego está sujeito a todo tipo de coisa que as empresas podem fazer para cabalisticamente tentar determinar se você é um bom candidato ou não. Polígrafos, dinâmicas de grupos, investigações no orkut, perguntas absurdas; dentro em breve devem tirar mapa astral também, e consultar os búzios para ver se há compatibilidade entre candidato e empresa.
Mas a BBC usou uma técnica nova: levar o cara, ao vivo, para uma entrevista na TV e responder perguntas para as quais ele não se preparou.
Ok, não foi de propósito. O cara se chamava Guy Goma, um congolês estudante de administração, e eles queriam entrevistar Guy Kewney, inglês especialista em música na Internet. Goma tinha ido para uma entrevista de emprego, e foi parar em uma entrevista na TV onde o assunto era download de músicas pelo iTunes e a briga da Apple com os Beatles pela marca. Dando o melhor de si, em seu inglês com forte sotaque francês, ele respondeu o que pôde. Como qualquer um em uma entrevista de emprego.
Vamos supor um país que não tenha transporte ferroviário, nem fluvial, nem nenhum outro tipo além de rodoviário. E que nesse país a rodovia principal seja mínima, com uma só via para cada sentido ou, ocasionalmente, uma terceira via. Mas coloque também na estrada caminhões decadentes que vão devagar, caminhões um pouco maiores que vão um pouco mais rápido que tentam ultrapassar os outros, e caminhões suicidas que vão mais rápido ainda e tentam ultrapassar todo mundo. Inclua também carros velhos que andam abaixo de qualquer limite mínimo de velocidade, carros novos que andam muito devagar também, carros decreptos que andam colados na traseira de outros carros, motoristas que estão na estrada fantasiando que estão em uma corrida, motoristas velhos que não vêem para onde vão -- aliás, velhos não, idosos; digo, de terceira-idade; não, não, melhor-idade. E coloque obras na pista, poeira, chuva, sol escaldante, os quatro elementos todos de uma vez para atrapalhar.
Agora imagine que o jogador tem um tempo limitado para chegar no seu destino, que passa por essa estrada. O nome do jogo: BR-101.
Por um daqueles mistérios que, como muitos outros, são insondáveis (existe mistério sondável?) este blog está incluído no Deaf Blogs, um site que agrega vários blogs; percebi vendo de onde vinham alguns visitantes. Bom, pelo nome eu imaginei que seria um site que agregava conteúdo escrito por surdos ou algo assim, mas fui lá no site e não descobri muito. Tem uma página no site que supostamente explicaria o que é e qual o objetivo da coisa, mas eu juro que não entendi nada. Mas ah, tem lá: "se quiser mais detalhes vá aqui". Diagramas estranhos e mais explicações vagas; continuo sem entender.
Não sei como se deu isso, e fica difícil julgar se os outros blogs que estão lá são escritos por surdos ou não. Nem sei se é esse o objetivo do site. Se for, deu um erro em algum lugar, porque eu definitivamente não sou, embora esteja ficando.
Nada contra os surdos, claro. Aliás, este site está completamente adaptado para as necessidades dos deficientes auditivos. Só fiquei curioso para saber de onde surgiu essa associação inusitada.
E agora, para algo não completamente diferente, cientistas há alguns anos fizeram experimentos com ferrets -- furões ou sei lá como se traduz -- ligando os nervos óticos na parte do córtex cerebral destinada ao aparelho auditivo e vice-versa, para testar se nesse caso os bichos iam "ver" o som e "ouvir" a luz. A conclusão foi que não, não dá para fazer isso -- o córtex cerebral se adapta. Uma pena, porque deve ser uma experiência interessante.
V de Vingança filme e quadrinho são bem mais diferentes do que eu lembrava. Mas o filme ainda é legal, e o quadrinho é difícil de adaptar por vários motivos que eu não vou falar aqui. Tá achando que isso é blog sério?
Muito boa essa propaganda. Pensei em traduzir o texto mas perderia a piada no final. Ou deu preguiça. Ou os dois. Mas dá para entender: é só lembrar que o título original do filme no francês é idêntico ao brasileiro: A Marcha do Imperador (La Marche de L'Empereur). O cara começa dizendo "vi um filme muito bom que eu não conhecia, A Marcha do Imperador" e a mulher vai imaginando a coisa acontecendo de acordo com o que ele fala (percebam que uma hora ele fala "se passa na antártida" e muda o cenário).
Por último: descobri um método para não mentir. Ia postar sobre isso mas fiquei com preguiça, então fica para a próxima.