Eco... eco...
Me mandaram postar. Não que eu esteja recebendo ordens, mas eu realmente pensei em algo para postar. E não veio nada.Aí lembrei que todo colunista já escreveu sobre a falta de assunto. Mas tenho notado que, além disso, os colunistas ultimamente têm escrito justamente isso: que todo colunista já escreveu sobre a falta de assunto. Em breve, todos os colunistas terão escrito que todos os colunistas já escreveram sobre a falta de assunto.
A isso eu me adianto e digo que todos os colunistas escreverão que todos os colunistas terão escrito que todos os colunistas já escreveram sobre a falta de assunto. E o progresso não pára por aí, porque podemos imaginar uma cadeia de auto-referências recursivas que vai até o infinito, colunistas falando de todos os colunistas que falaram de todos os colunistas que... E lá se vai nosso amigo Peano correndo atrás do infinito, um passo de cada vez.
Mas não ligue agora! Esse foi um exemplo de infinito enumerável, ou seja, aleph zero. O tipo menor e mais peba de infinito. Podemos chegar aos infinitos maiores que este, aleph um em diante: uma infinidade de infinitos. E colunistas escrevendo sobre colunistas que escrevem sobre colunistas que, por sua vez, escrevem sobre colunistas e lá se vão colunas da terra até o céu.
Há também a coluna de tartarugas que sustenta a Terra. Certa vez uma velhinha chegou para Stephen Hawking e disse essa história de gravidade é tudo balela; o que segura a Terra é uma tartaruga gigante. E Hawking perguntou e o que segura a tartaruga gigante então? E a velha, indignada, ora, mas claro que é outra tartaruga gigante.
Será que as tartarugas gigantes sofrem de falta de assunto?
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